Thursday, November 30, 2006


Lendo blog? E o MEU blog? Que coisa feia. Tá com saudades, né? Eu sei, a gente era tão feliz quando era amigo. Você ia lá em casa, gravava música comigo e com o Carlos, a gente ia na buati, dançava até o sol raiar! E a gente ficava bêbado e falava que nem bicha e fumava maconha e sua namorada às vezes ficava brava, mas a gente se divertia, né? Agora você deu de ficar me xingando no fotolog, que coisa mais feia. Seus amigos novos acham legal? É pra isso que você faz isso? Deve ser. Sei lá. Mas como você lê isso e todo mundo sabe, espero que você encontre alguma coisa pra fazer da sua vida, algo mais construtivo, mais condizente com a pessoa que você quer ser.
Um beijo!

Wednesday, November 29, 2006

Chegamos em Brighton cedinho, tomei meu english breakfast sem feijões na beira da praia. Fomos caminhando até o hotel pela orla, estava um frio dos diabos. Deixamos as coisas no hotel, eu já aboli malas, agora eu vou pro hotel com um saquinho da boots com minha troca de roupa, minha necessaire viada, meu computador e meu psp. É tudo que eu preciso pra passar uma noite no hotel. Fomos dar uma volta pela vizinhança, eu e Love. Tomamos chá, tiramos foto pro visto japonês, revelamos filme. Dei uma olhada na TKMAX mas não achei nada que valia a pena. Saudades da Ross Dress for Less. Depois fomos tirar umas fotos pro Sunday Times, passamos o som e ficou INACREDITÁVEL. Estamos usando retorno de fone, é uma coisa muito civilizada. Daí fomos jantar lá no catering, ficamos conversando com o Simon e o Felix, os BJaxx. Tocamos às oito da noite, foi um ótimo show. Emendamos ao máximo as músicas, foi bem dinâmico. Que palavra desgraçada essa, dinâmico. Podia ser pior, podia ser "agradável", mas um show nosso nunca vai ser agradável. Enfim. Como eu gosto de tocar em lugares gigantes que tem estrutura. Viva o wifi alheio.

Tuesday, November 28, 2006

POR FAVOR JESUZINHO, POR FAVOR JESUZINHO
Plymouth, England. Acabou o show do Basement Jaxx. Abrimos para eles pela primeira vez hoje. Saímos de Londres as dez da manhã, chegamos em Plymouth às seis da tarde, muitos atrasados. Muito. Montamos muito rápido, passamos o som marromenos, hoje tínhamos monitores de orelha. Isso já ajudou MUITO e nosso show foi rápido e indolor. As pessoas aplaudiam muito quando as músicas acabavam, ufa. Eu estava meio nervoso, show pra dez mil pessoas... já tocamos pra isso em alguns festivais, mas abrir pro Basement Jaxx é uma coisa que eu nunca pensei que fosse fazer.
O Felix veio trutar comigo antes do show deles, bem fofo. Aliás, o tour manager deles devia ganhar o prêmio de lorde inglês do ano, tão diferente daquele lixo nazista canceroso do tour manager do Ladytron.
O que há de errado com o mundo?

Prêmio Rival Petrobrás 2006.
Categoria Embaixador MPB:
Cansei de Ser Sexy - CSS
Ivan Lins
Marcos valle
Atualizei meu Flickr.

www.flickr.com/photos/taurargintonica

Tem o Eduardo de bigode, tem a Ira bêbada, tem a Carol dançando Axé.
O que há de errado nessa frase:
"Tem banda nova repetindo a fórmula de sucesso do Cansei de Ser Sexy. Formada por cinco meninas e um menino, e se jogando no mercado internacional pra ganhar projeção no Brasil..."

Vamos lá. Primeiro, fórmula de sucesso de cu é rola. Se jogar no mercado internacional pra ganhar projeção no Brasil? Hahahaha. Eu não faço questão NENHUMA de ganhar qualquer projeção no Brasil. Sabe por que? Porque projeção de cu é rola. Projeção é dinheiro no bolso. Sabe quanto dinheiro eu ganhei no Brasil fazendo música? Tipo dinheiro que não pagava nem meus almoços e minhas jantas. Por isso eu tinha um emprego lá. Porque eu não nasci pra ser pobre, eu gosto de comer bem, de beber bem, de viver bem. Tv a cabo com todos os canais. Carro. Eukanuba pros cachorros. Isso, meu bem, a "projeção" nacional nunca me deu. A publicidade sim. Então, pau no cu da projeção nacional. Ainda bem que a Trama não fabrica mais nossos discos, não tem disco nosso pra vender em lugar nenhum. Que pena, né? Não faço questão de que comprem aí. Pau no cu. Eu quero ganhar em libra e não ficar ajudando jornalista a preencher página de revista, bloco de jornal em televisão. Vão arrumar outra coisa pra falar. Acelera Aírton, me erra.
http://www.youtube.com/watch?v=ekYhrca0M8o

Isso é a coisa MAIS horrível que eu já vi na minha vida. Preste atenção na hora do "show das engatadas". Tudo errado. E a música? Quantas partes tem? É tipo Yes, só que querendo ser pop. Por favor. Procure também as entrevistas com essa tia no YouTube. Lânguida lombriga.

Saturday, November 25, 2006

Então, estamos em Oslo. Anoiteceu às duas da tarde, saco. Comemos num café italiano de dois skinheads, o mais azedo respondia em norueguês tudo que eu perguntava. Is this ham? Tåøjejhsfup. E eu fazia, ok, I'll have it. Daí uma hora ele começou a achar engraçado e falou em inglês. O outro, que estava preparando pizza estava super fellows porque era italiano e arrasou no portunhol. Depois fomos no supermercado e eu nem curti muito. Vi um menino vestido todo de verde, achei bem capela, quando fui ver era o uniforme do supermercado e parei de achar graça um pouco. Passamos o som, comi um monte de chocolate e estou aqui esperando. Amanhã ao meio dia estaremos em Londres, day off day off day off e o dia seguite day off day off, tirando um programa que temos que gravar apresentando pra MTV UK e a noite temos um jantar FINO. Paella. Paella. Paella. Paella.

Análise randômica de um texto qualquer achado na internet por puro acaso num dia chuvoso em Oslo, capital da Noruega, ao som de Take On Me do a-Ha em homenagem aos vikings


"Eu já vi o show do Ladytron!!! Em 2003, me joguei em uma ótima apresentação do quarteto no lendário clube Astória, em Londres."

Esse é um parágrafo bem cabalístico. Três exclamações, três anos atrás. Segundo Pitágoras, o número três se refere ao plano espiritual e divino. Segundo a Cabala, a alma humana possui três elementos. Mas como cabala de cu é rola, pau no cu. E pau no cu desse parágrafo também.

"Quem abriu a noite foi o DJ Erol Alkan, que eu já conhecia das animadas festas Trash, que rolam toda segunda no clube The End. Ele animou o povo com sua discotecagem maluquete, aquecendo geral. Todo mundo fervia pencas quando o Ladytron subiu ao palco."

Um doce pra quem adivinhar de onde eu tirei esse texto. Maluquete. Pencas. Esqueceram de usar Loucurinhas e Absurdex nesse parágrafo mas eu aposto que vocês adivinham.

"Eles estavam bem discretos, todos de preto e com o mesmo corte de cabelo. O lugar lotou e todo mundo estava superanimado. Tinha ido sozinha, mas fiz vários amigos na pista."

O parágrafo anterior dizia que o DJ "animou o povo... aquecendo geral... todo mundo fervia pencas...". Isso dá a entender que o lugar já estava lotado e superanimado. E o comentário
"tinha ido sozinha, mas fiz vários amigos na pista" não tem nem comentário.

"O show é bem diferente do DJ set que os integrantes do grupo já fizeram por aqui. Ver a banda ao vivo e muuuuuito mais legal. Finalmente alguém conseguiu reunir todos de uma vez só."

Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito fofito esse parágrafo. Não entendi a parte do "finalmente alguém conseguiu reunir todos de uma vez só". Não se trata de
reunir os Pixies depois de dez anos de fim de banda. É uma banda nova... eles provelmente se vêem vários dias por semana, ensaiam, viajam, fazem shows.

"Eles tocam tarde, às 4h40, no Live Stage, mas vale a pena esperar. A genta vai estar lá. DEMORÔ!!!"

Demorou mesmo. !!! pra você! Espero que você faça tantos amigos na pista quanto puder.

Friday, November 24, 2006




CSS@Club103, Berlin

Beijos suecos pra vocês, leitores de blog.
E viu a Love arrasando na cool list da NME? Googla aí, Lovefoxxx Cool List.

Avua urubu rei, toc toc toc.
OI ESCANDINÁVIA! Dona Redonda ARRASOU na escandinávia. Aliás, continua arrasando. Ontem tocamos na Dinamarca, em Copenhagen. Mas não foi em Copenhagen, foi em Christiania. É tipo um território neutro, uma coisa muito muito muito hippie. Cheio de gente suja fuamando maconha e tomando heroína no meio da rua cheia de BARRO e eu ODEIO barro, dona Redonda odeia barro. Daí fui lá conhecer um pouco Christiania e acabei achando um metrô duas quadras dali e fui pro centro de Copenhagen comer comida politicamente incorreta. O dinheiro da escandinávia é a Coroa, cada país tem a sua. Coroa dinamarquesa, sueca, norueguesa. Provavelmente na Finlândia eles tem a sua coroa também mas não vamos pra lá dessa vez. Tipo fui no caixa e tirei setecentas coroas dinamarquesas que desapareceram rapidinho. Vinte euros são 147 coroas dinamarquesas. Daí assim, um cafezinho custa 18 coroas. Um pint de Erdinger custava QUINZE coroas. Tipo alguém falou paraíso? Cinco doses de Jager por 50 coroas! E uma gente LINDA, ALTA, eu andava pelo clube e parecia uma floresta, eu só via camisetas. Daí você vai no 7eleven e compra umas bobagens, dá uma nota de cem que parece ser muito dinheiro e eles te devolvem umas cinco moedinhas. Muito esquisito. O show em Copenhagen foi INCRÍVEL, tinha uma brasileira sapatão engatada na namorada dinamarquesa bem na frente no meio do palco pedindo SUPERAFIM, não, por favor. Dois erros. Não pode ver show engatado. Nem pedir superafim. Gente engatada é o fim... tipo ficam rebolando juntos, sincopados, é muito irritante. Não. Por favor. Bem, tirando isso, foi foda. Gente educada e linda. E fazia um frio do caralho alado, luva, cachecol, gorro, casaco edredon e mesmo assim bunda gelada. Mas o pior foi o barro, barro, engate superfim... tomei uma erdingers e uns jagers e dormi rapidinho depois de tomar banho. Acordei em Estocolmo, Suécia. Chegamos aqui uma da tarde, às duas já era de noite. Deprê. Uns death metals na rua, olho pintado, capa preta, fez sentido. O sol nasceu as dez e meia da manhã e as duas era de noite. Eu nunca ia conseguir morar aqui. Daí fomos passear numa rua cheia de coisas pra turista, comemos sushi que um turco fez muito bem e viemos passar o som. Demos entrevista pra uma revista legal daqui e fiquei sabendo que o Ace of Base são todos nazistas. Aproveitamos pra xingar o desgraçado do tour manager do Ladytron na entrevista, HANS PERSON, pode escrever aí, nazista desgraçado. Foi aí que ficamos sabendo que o Ace of Base é nazista, parece que tem um monte aqui nessa terra. Falaram que teve um bafo aqui um tempo atrás quando nasceu o filho do cara do Ace of Base e ele pos o nome do filho de VIKING. Hahahaha, tosco. Tipo a Marisa Monte, Mano Gabriel? Uebicãn, Aciclovir... Viking. Viking Veloso. Sei lá. Agora acabamos a passagem de som, serviram comida, nem consegui comer, o sushi turco sueco tá rolando aqui dentro ainda. Queria ir passear mas está chovendo.

Monday, November 20, 2006

Capa do Guardian Guide de ontem. Alguns pontos sobre essa entrevista: nós não dissemos que estávamos tentando preencher o vão musical do terceiro mundo. O cara pegou o começo de uma frase da Ana e emendou com o fim de uma frase da Ira. A respeito da bandeira do Brasil, eu não tenho nenhum sentimento com relação a ela. Quando eu vejo uma bandeira do Brasil eu sempre penso em bandanas feias da galeria do rock. E sim, é verdade, eu não tenho orgulho nenhum de ser brasileiro. Se isso choca tanto as pessoas, é uma pena, acho que elas deviam procurar alguma coisa melhor pra fazer.
Ainda nessa reportagem, dissemos ao mocinho que não vínhamos de uma cena musical, mas sim de uma cena de amigos que tinham trabalhos legais, uns pintavam, outros faziam roupas, outros faziam bonecos, filmes, vídeos e afins. É isso. Não quero saber das pessoas dizendo que estamos frescos e metidos por conta disso. Sim, a gente é fresco e metido, mas isso aí não tem nada a ver com isso.
Muitos dias sem internet. Não fez falta, não muita. Só fiquei preocupado de não saber se a Nair Belo morresse mas ela não morreu então tudo bem. E tocamos muito no Reino Unido, tocamos pra mais de mil pessoas em alguns lugares e pra menos de cem em outros. Tá, menos de cem não teve, o menor lugar que tocamos foi em Liverpool o clube do Ladytron, o Korova. Minúsculo, minúsculo, mas muito bom. Tinha umas 200 pessoas espremidas no porãozinho e chovia suor pelas paredes. Foi muito muito bom, tocamos até LaBamba inteira! Daí fomos pra Paris, passamos um dia de princesa lá, compras, restaurantes, vinho... eu vou morar lá ainda. Tocamos no dia seguinte, foi muito foda. Estava sold out fazia mais de mês e no fim do show tinha mais gente em cima do palco que na platéia, uma coisa Hangar 110 naquele festival de mina quando a gente tocou num domingo e foi um bafo. Daí saímos de Paris, fomos pra Den Haag, capital da Holanda. Tocamos num domingo e foi incrível, fiquei impressionado. Hoje estamos em Amsterdam, vamos tocar no Paradiso. Estou muito animado, já vi muito show legal aqui. Amanhã vamos pra Berlim, depois de amanhã day off em Berlim e dona reondonda vai arrasar nas compras de inverno. Quero um gorro novo, vamos pra Suécia e eu não quero apssar frio nas orelhas, minhas orelhas são sensíveis.

Wednesday, November 15, 2006

http://www.myspace.com/1990sband

Estou um apegadão, que saco que eles não vão pra europa continental com a gente. Saco.

Monday, November 13, 2006


Alguém avisa que a Nair Belo não pode morrer? Que saco.
http://www.us.playstation.com/Content/OGS/UCUS-98662/Site/

Estou completamente viciado nisso, eu vou dormir e fico sonhando com as bolinhas cantando rodando pra lá e pra cá.
Isso é ter nosso humor compreendido:
http://www.youtube.com/watch?v=ai24OpyAeE4

Isso foi Alala no Halloween en NY num show ruim com a Lovefoxxx fantasiada de ovo frito:
http://www.youtube.com/watch?v=LavGhUV_KvM

Isso foi Music no mesmo show com a Love rouca:
http://www.youtube.com/watch?v=wfERnhLdo4U


Depois eu acho mais coisa.
Nassa. Fiquei sem dormir a noite por quase cinco dias... Stress, olho gordo, sei lá. Sei que no quarto dia eu já não estava cumprimentando mais ninguém e só conseguia conversar com o Fe pelo telefone. O resto era só patada. Essa história começou em Glasgow, depois de um puta show fudido pra mais de mil pessoas, Belle and Sebastian na platéia, Teenage Funclub idem. Daí fui pro hotel, deitei na cama e pronto, comecei uma fritação que durou quatro noites consecutivas. Daí eu ia pro ônibus de manhã e dormia por três horas, tocava e ficava fritando de novo até o dia seguinte pra dormir algumas poucas horas picadas no ônibus. Daí eu resolvi ir na Boots e comprar qualquer coisa que ajudasse a dormir e achei esse remedinho aí do lado. Papum, você toma, dez minutos depois parece que alguém está empurrando sua cabeça em direção ao chão. Obrigado, Boots.
Ontem fizemos o show mais capela, em Stoke. Tocamos num lugar que parecia o Retrô número dois para um bando de metaleiros a um passo do coma alcoólico. Tinha umas bichas do eletro também, daquelas bem montadas que pintam um olho de verde. Eu tomei umas sete doses de Jager, puseram do meu lado um trem da Jagermeister, era uma esponja laranja com uns quinze tubos de ensaio. Eu bebi quase metade dos tubos, no fim do show já estava fritando o peixe de olho no gato e achando que eu estava tocando bem melhor do que se estivesse sóbrio. Depois do show, Matt, nosso agente que também é dono desse bar que se chama Underground (e nem é tão Underground assim, o John Cale vai tocar lá semana que vem) abriu a porta do bar pra gente e quando eu vejo, estamos fazendo competição pra ver quem toma mais shots de Jager direto da maquina. Carolina se encarregou de apertar o botãozinho e uma hora eu descobri uma máquina de frozen margerita sabor sabão e quando eu vi estávamos todos jogando futebol com as latas jogadas no chão da pista. Fazia dias que eu não bebia e nem tive ressaca hoje.

Wednesday, November 08, 2006


preciso de uma casa
ou apartamento
não tenho fiador
vai tomar no cu!

ina ina ina, pau no cu da valentina
ina ina ina, pau no cu da valentina

lá na paulista
ela tá num outdoor
tá bonita!
alguém avisa!

ina ina ina, alguém avisa a valentina
ina ina ina, alguém avisa a valentina







Tiau fotolog. Foi péssimo. Agora aquela chiuaua alpinista social de quinta vai ter que ficar lendo isso aqui pra saber o que tá acontecendo. Agora se alguém quiser falar alguma coisa comigo vai ter que me escrever um email ou ligar. Chega dessa bobagem. Beijo me liga o caralho, pau nos seus cus.
E apaguei aquela pobreza de orkut também. Chega de brasileiro desgraçado. Chega. Enough. Pau no cu do Brasil, pau no cu dessa gentinha do caralho. Se você vestir a carapuça, pau no seu cu. Aliás, porque continua lendo isso aqui? Não tem que ir ali passar um café pra visita não? Passar o pão francês no liquidificador pra fazer farinha de rosca?
Eu escrevo isso porque eu quero. Porque eu preciso escrever, eu preciso xingar. Você lê isso aqui porque quer. Eu não te convidei. Eu não quero saber o que você pensa. Isso é problema seu. Você, aparentemente, quer saber o que eu penso, está lendo isso. Quer saber? Azar o seu.

Monday, November 06, 2006

Eu amo a Irlanda. Estamos em Dublin hoje, ontem tocamos em Belfast e apesar de ser a outra Irlanda, pareceu bem igual. Tirando que aqui é euro e lá é libra, eu prefiro ganhar em libra. Acabei de ver o show do Rogers Sisters e achei bem legal, o som podia estar melhor. Vida de banda de abertura não é nada fácil mesmo. O 1990's tá tocando agora e eu vim aqui no café usar a internet, eu estava com vontade de xingar umas pessoas aqui no meu blog mas nem vou, tenho mais o que fazer. Tipo ir lá ver os 1990's. Tiau!

Saturday, November 04, 2006

Ah, Londres. Puta que pariu. Chegamos aqui ontem à noite e tudo que eu fiz foi dormir. Dormi à uma da manhã, acordei as onze pra levar minhas malas pro ônibus que vamos pegar lá em Belfast amanhã. O ônibus é ok, não dá pra eu ficar em pé nele, meio claustro. Mas tem dois andares, em cima tem quatorze cafofos super calustrofóbicos no melhor estilo enterrado vivo, mais uma salinha com Playstation2 no fundo e uma outra com vista para a estrada na frente. Embaixo, banheiro e cozinha, mais um ambiente com duas mesas com quatro cadeiras cada, mais a cabine do motorista. O motorista tem um cafofo só dele atrás da sala de comando. Ahahah, sala de comando foi uó, meio StarTrek.
Estou bêbado. Tomei um MONTE de Jagermeister com a Mirella e a Gê hoje no show. A Mi, que tocava bateria no Hugh Grants Mother in Laws. E a Gê, vocalista da mesma banda. Sim, estamos todos aqui em Londres, felizes de beber bebida de graça. E eu particularmente estou MUITO feliz de não estar mais na America. EUA é um país muito esquisito. Tirando NY, Seattle, Portland e São Francisco, todo o resto é muito foda, no mau sentido. Comida ruim, pimenta, afe. Tá, eu sou fresco, sou mesmo. Tipo na California, eu sofria pra comprar vinho. Sim, pega eu. Não gosto de Rieslings, de Liebfraumlichs. Eu gosto de Muscadet, APPELLATION MUSCADET CONTRÔLLE. Produto francês. Não me venha com Pinot Grigios, eu não entendo nada de tipos de uvas. Eu gosto do Muscadet. E gosto de Cothê du Rhône. Porque eles custam pouco e são bons. Não tenho que ficar imaginando como é um vinho FRANCIS FORD COPOLLA. São ruins e pronto, o tio não fez vinhos como fez filhos Se tivesse feito, os EUA seriam um país melhor. Pelo menos a California.
Enfim, dormi umas vinte horas nesse hotel cinco estrelas. Nosso agente aqui, o Matt, que é o mesmo agente do Baby Shambles (e do Pete, aquele que fumou crack num vôo Londres-algum lugar na Suécia e foi preso) tem bons contatos aqui. Isso que dá ser agente da Kylie Minogue também e ele conseguiu esse hotel O MELHOR QUE JÁ ESTIVE NA VIDA. Os produtos de beleza do banheiro são TÃO cheirosos que quando eu constatei isso me senti uma pessoa muito coitada. Ficar deslumbrado com o cheiro do body wash do hotel é uma coisa muito coitada. Enfim, tive pena de mim mesmo e logo depois passou, pedi um bagel com salmão defumado, cream cheese, salada e salada de fruta e tomei com o Muscadet que eu comprei no supermercado do outro lado da rua. Quando eu vi estava na hora de descer pra ir passar o som.
Oito horas da noite. Depois de dormir por quase vinte e duas horas seguidas. E ainda assim ter olheiras dignas de um panda gigante. Tudo bem. Depois eu dou uma passadinha na Boots e compro uma máscara de por na geladeira pra dar uma amenizada nisso. Enfim, as oito e meia estávamos no clube, montamos tudo, passamos o som decentemente. Aproveitei pra montar minha bateria eletrônica, triguei a caixa e o bumbo, super tava me sentindo o Keith do Ladytron. Aliás me deu vontade de ouvir YOU HAVE GOT TO BE THE LAST ONE STANDING e me deu saudades do Daniel, snif. Do Daniel e da Andreia. E do Keith e da Mira. Pronto, vai. Daí passamos o som e ficou muito muito muito bom. Eu amo a Europa. Porque, Deus, eu não tenho um passaporte daqui? Hahahah, tá, estou muito bêbado, idiota. Daqui a duas horas eu tenho que tomar banho e descer e ir pro aeroporto, vamos pra Belfast. Puta que pariu, viu. Enfim, vou mudar de linha pra ver se o texto vai pra algum lugar.
Ficamos lá no camarim bebendo. O Matt chegou com a Hettie, a namorada sueca dele de dezoito anos que bebe vodka pura. Estou feliz de estar na Inglaterra, aqui só tem bêbado pior que eu, estou menos preocupado. Meu pai bebe, eu bebo porque está no meu gene, o que posso fazer? A biologia é uma ciência muito avançada para eu tentar ir contra hahahahahha. Tá. Provavelmente eu vou apagar isso antes de publicar, claro que não. Vou ali no corredor pegar uma maçã. Fui. Hmmm, frutas, natureza. Cidra. Enfim, estou ouvindo STANDING IN THE WAY OF CONTROL, do Gossip. Puta disco, ai ai. Bom, fizemos o show, foi muito legal. Eu não entendi nada, eu estava virando todos os Jagermeister com Red Bull que eu encontrava pela frente. Uma hora eu olhei e no meio de Let's Make Love estava lá a Mirella em cima do palco dividindo o microfone comigo e me dando mais JagerBull enquanto eu tentava tocar direito. Acho que consegui, essas músicas eu consigo tocar em coma, acho. Já toquei mais de duzentas vezes. Os dedos já vão na corda certa no tempo certo.
Daí acabou o show e eu encontrei o Márcio Custódio e quase não reconheci, como as pessoas mudam. Uma barbinha e pronto, já vira outra gente. E eu fiquei lá conversando com ele quando eu devia estar procurando o Eduardo e o táxi. Agora são quase quatro da manhã e eu devia estar fingindo dormir mas estou aqui acabando essa garrafa de Muscadet e trocando mensagens com o Fe. Ah... que saudades.
Dezembro tá aí. E eu queria estar aí, bem, BEM bêbado. Como estou agora. Amanhã eu não quero nem ver.
STANDING IN THE WAY OF CONTROL, WOWOWOWOWOWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW
Daí depois de Gossip tocou Peaches e eu estou realmente achando muito esquisito que eu conheço ela. HAhahahahaha, tá, desculpa. Úuuuu. I turn into Linda Blair. Oh, yes. Hello, I'm Peaches. Eu sei, fia. Não diga, achei que você fosse minha tia Angélica. Eu tinha uma tia Maria Angélica. E minha mãe se chamava Mary Angela. E eu estou com saudades da minha avó, amanhã vou ligar pra ela. Ah, vou.
O último dia em NY foi o mais conturbado. Acordamos as dez da manhã, fomos na Gibson escolher nossas guitarras, eu peguei uma Firebird. Finalmente eu tenho uma, dia mais feliz da minha vida. E sim, dia mais feliz que somos patrocinados pela Gibson. Obrigada, Gibson. Daí saímos de lá e fomos pro apartamento que arrumamos emprestado no SoHo. A Love mandou um boletim no Myspace perguntando se alguém não sabia de apartamentos pra alugar em NY e um amigo respondeu emprestando um na esquina da Thompson com a Spring. Fino. Fomos pra lá, fizemos uma foto pro Guardian com o mesmo fotógrafo que fez nossa foto pra primeira matéria grande da NME em julho. Demorou, estávamos mortos de cansado, estava frio. Fomos comer, depois passei na Apple Store pra pegar meu Logic Pro, dia mais feliz da minha vida MESMO. Agora eu tenho um Logic Pro e uma Firebird, materialista dos infernos. Cadê meus cadê meus amigos, cadê meu remédio? Saco. Daí pra continuar na materialização, eu e Carol fomos no Guitar Center comprar o resto do equipamento que precisávamos pra começar a mudar o formato dos shows. Quando deu seis da tarde e já estava escuro pelo fim do horário de verão, estávamos tão cansados que erramos duas vezes o metrô. Estávamos em Union Square e íamos pra Spring, três estações da linha N/Q/R. Só que pegamos um N expresso e fomos parar em Canal St, depois demos a volta, subimos por um R e perdemos a estação, fomos parar na oitava. Resolvemos ir a pé até em casa. Chegamos tão cansados que demos uma deitada. Depois demos a entrevista pro Guardian, ficamos falado mais de uma hora e meia. A entrevista foi tão legal que serviu pra animar pra hora do show. Fomos pro Bowery Ballroom, fizemos um show maior legal. O Tony me deu umas vodkas e eu aceitei, só pra dar uma relaxada mas voltei correndo pro hotel depois do show. Peguei minhas coisas, fui pro apartamento e arrumei minhas malas. Dei uma limpada na cozinha, fiz as camas. Às quatro horas da manhã já estávamos todos na van em direção ao aeroporto. Depois de um drama pra conseguir pegar as passagens (a reserva online não tinha sido paga pela internet apesar de termos um comprovante por email que dizia o contrário), embarcamos pra Londres às oito da manhã. Eu consegui vir deitado em três poltronas, acordei quando estávamos pra pousar aqui. Viemos pro hotel e eu já dormi muito e vou dormir mais um pouco, a passagem de som é só as oito da noite e ainda é meio dia por aqui.

Wednesday, November 01, 2006

Ai ai. viu. NY tem sido um pesadelo. Acho que porque estamos muito cansados, fim da terceira fase da tour, a mais cansativa. Agora que estamos prestes a embarcar pra Europa o cansaço bateu, também pudera, tínhamos marcados dois shows por dia aqui. Não dá. Ontem já foi esquisito, na loja da Apple e foi pior na festa roubada de Halloween da Flavour Pill. Imagine uma festa tipo da Absolut em SP, com bebida de graça e pista com uma música tão ruim que uma hora eu tinha certeza que estavam discotecando LA CUBANITA. E muitas bandas de hip hop, um whiguismo pleno a todo vapor. Enfim, o erro. Pra piorar, mexeram na mesa de som e destruiram todo trabalho que tivemos na passagem. Foi um merda de show, público esquisito, todo mundo cansado. Ainda bem que eu nem me preocupei e nem me fantasiei. Odeio festa, pronto falei. Tá, mentira. Odeio festa de playboy desavisado metido a rapper. Nem fiquei pra ver o show do Spank Rock, disseram que o Naim tava um locao e saiu pra vomitar no meio do show. Daí hoje mais erro. Fomos tocar na festa do Brooklyn Vegan, não passamos o som mas tava bem legal. Mas a Love perdeu a voz no meio do show e tivemos que cortar várias músicas. No fim ela tava tão ruim que tivemos que cancelar o show da NME com os HOrrors. Bem, eu estou feliz aqui no meu quarto agora, vou tomar banho, me besuntar de óleo chinês de massagem e vou dormir BEM quentinho. Tá esfriando lá fora.